»» I BET YOU KNOW WHAT I MEAN

Tendo que assistir todas aquelas aulas, Rebecca se perguntava o porque de ter que ir para a faculdade e o porque de precisar daquele diploma, sinceramente. Estava ali, aparentemente, para aprender coisas novas, mas os professores apenas lhe diziam o que ela já sabia. Moda estava dentro de cada um, ou você sabe, tem e entende ou não. Simples assim.

Mas ela tinha que ficar lá sentada, ouvindo, ouvindo e ouvindo. O que não fazia para não levar falta e ir atrás de coisas mais interessantes para fazer, e por pensar em interessante, bom, já tinha um pequeno tempo que não tinha a sua pequena dose de diversão proibida. O que a jovem podia fazer em relação a isso? Nada, é claro, afinal, é como dizem, tudo o que é proibido, é melhor e mais divertido. E ela era jovem, tudo o que queria era se divertir.

Ao menos as aulas não eram chatas, apenas soavam repetitivas demais.

Depois de assistir tudo o que precisava, foi para a fraternidade descansar um pouco, se realmente fosse fazer mais tarde o que estava querendo... Iria precisar de toda a energia possível e era melhor se poupar enquanto ainda tinha tempo. Pegou o seu celular a fim de ver quantas horas era e bufou entediada. Se ele fosse um profissional relapso e que se importava apenas com o seu horário de chegada e da saida, já estaria em casa a uma altura daquelas.

Oh, mas ela o conhecia bem, muito bem e sabia que ele constantemente permanecia na faculdade mesmo após todas as aulas terem acabado. Aparentemente vários alunos tinham dúvidas demais na matéria em que ele lecionava. Rebecca apenas não aparecia na sala dele porque a matéria que ele ensinava não tinha nada a ver com modo. Não que isso realmente fosse um empecilho, mas... Ela tinha um namorado, não que realmente se gostassem, mas ainda precisava manter as aparências. Só não sabia por mais quanto tempo iria conseguir levar esse teatrinho a diante.

Cansada de esperar, tomou um longo banho. Não queria chegar lá toda suada do dia que tivera. Para ele... Apenas o melhor.

Quase vestira apenas sua lingerie e colocara um sobretudo por cima, adoraria ver a cara do homem quando descobrisse que Becca não usava nada mais do que a sua roupa íntima, mas bem, ela gostava dos joguinhos que faziam e deliciava-se a cada peça tirada, assim, optou em ir vestida. Não demais, é claro. Uma blusa de cetim vermelha, uma saia preta e saltos também vermelhos. Não era muito, mas não queria levantar suspeitos, ainda haveria aula no dia seguinte.

Arrumou as coisas em sua bolsa, pegou a chave de seu carro e dirigiu em direção ao apartamento da única pessoa que realmente fazia a morena se sentir a vontade. Já tinha ido diversas vezes naquele apartamento e o porteiro a deixou subir assim que a viu. Tocou a campainha em sua bolsa e esperou. Arrumou os seus seios no sutiã a fim de deixá-los mais volumosos e então tocou a campainha mais uma vez.

O porteiro teria lhe avisado caso o homem não estivesse ali. Esperou mais um pouco e estava quase tocando a campainha pela terceira vez quando a porta se abriu. Um lento sorriso se formou no rosto da estudante quando o viu. Usava apenas uma calça e seu cabelo, assim como o seu corpo estavam molhados.

- Professor. - Disse num tom baixo, quase num sussurro e entrou no apartamento, passando por ele acariciando o peito dele com o seu dedo, capturando uma gota d'água e levando-se para os seus lábios em seguida. - Oh sim, muitos problemas. Em várias matérias. -  Deixou as suas coisas em cima do sofá e se virou para o homem. - Você vai me ajudar, não?

Aproximou-se dele um pouco, observando várias outras gotas de água naquele corpo e lambeu os seus lábios querendo acompanhar o trajeto de cada uma delas.

Uma das ótimas coisas de estar com Christian é que ele sabia exatamente o que fazer com Rebecca. Entre eles não havia nenhum tipo de rodeio, brincadeiras ou joguinhos. Cada um ali já era crescidinho o suficiente para saber o que queria e eles não tinham medo ou vergonha de pegar o que tanto tinham vontade.

E ele ainda sabia onde estava cada ponto que deveria tocar para fazer com que ela perdesse o eixo de si mesma. Alguém, em algum canto desse mundo, deve ter feito o manual de como deixar ela louca e entregou de bandeja para aquele homem. Um mero roçar de lábios ou uma mão em suas costas era o suficiente.

Isso era tão injusto. Queria ter ao menos metade do poder sobre ele que ele tinha e exercia sobre ela. Podia aparecer completamente nua na frente dele, de surpresa, e ainda assim ele iria fazer com ela ficasse mais excitada do que ele com toda a sua paciência. Isso era enlouquecedor.

Mas nada era mais enlouquecedor do que ter Christian completamente para si. Quando estavam sozinhos no apartamento do homem, não precisavam fingir ser professor-aluna e nem a diferença entre idade deles era relevante.

Sabia que ele a desejava tanto quanto ela o deseja. O modo como a olhava tão sério nos olhos, tão compenetrado, tão sedento por absorver cada mínima reação da morena, querendo agradá-la. Amava isso nele: a necessidade que ele tinha de satisfazê-la independente de qualquer outra coisa.

Quando sentia que não podia mais aguentar, Chris deu à jovem o que ambos queriam e logo se viu sonolenta nos braços dele. Sentia uma mão fazendo-lhe cafuné enquanto a outra percorria preguiçosamente o corpo dela, contornando cada curva, fazendo movimentos de vai e vem. Até que a pegou no colo e a deitou. Não demorou muito para que o homem se juntasse a ela na calma e então, lado a lado, adormeceram.