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YOU MUST BE HAUNTING ME

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Mensagem por Amelia Darcy Dom Jan 03, 2016 7:58 pm


DADOS DA RP

RP FECHADA

AMELIA & ROBERT

TAGGS: MANHÃ. TEATRO. MAIO. PRIMAVERA.

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Amelia Darcy
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Mensagem por Robb Domaschesky Dom Jan 03, 2016 8:48 pm













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Precisava admitir ao menos para si mesmo: aquilo era muito estranho. Estava mais do que acostumado com pessoas à sua volta, o cercando, o seguindo e querendo alguns minutos de sua atenção. Mas na maioria das vezes isso se devia a alguma fã enlouquecida que não conhecia a palavra “limite” ou então para gerar fofoca posteriormente.

Odiava as manchetes em que ele aparecia. Não podia fazer um filme que já pressupunham que ele estava saindo com a “mocinha”. É como o dizem: o passado nunca o abandona, independente de onde você esteja.

Com essas coisas ele sabia lidar, embora não gostasse muito da falta de privacidade, já havia se acostumado a lidar com essas coisas há muito tempo. Mas aquilo ali? Não fazia ideia de como poderia despistá-los e fugir, e também nem poderia fazer isso, pois eles eram o seu novo trabalho.

Jamais imaginara que seria assim. Estava nervoso com todos aqueles alunos sentados à sua frente no teatro. Encontrava-se sozinho no palco da faculdade, palco que já usara inúmeras vezes enquanto fora um estudante, e seus alunos eram a sua plateia.

- Olá. Para quem não me conhece, sou o Robert. – Optou que seria melhor se apresentar de uma vez antes que começasse a tirar sarro da cara de um ali. Bando de moleques que não paravam de olhá-lo e cochichar entre si. Eles tinham quantos anos mesmo? Sete ou mais de vinte? – Sou o novo professor de Teatro de vocês. Estudei e formei em Yale. E, bem, a maioria daqui sabe onde eu consegui chegar. – Deu um meio sorriso.

Quando as garotas começaram com os sorrisinhos entre si, ele sentiu-se melhor. Com aquilo ele sabia lidar.

- Vamos começar com uma coisa simples. – Bateu as mãos e as esfregou, ansioso pela resposta que obteria. - Quem aqui sabe recitar alguma coisa? Qualquer coisa? – Perguntou novamente quando viu que ninguém respondeu, ninguém levantou a mão e nem fizeram gesto algum. – Um trecho de uma peça, um poema. Sério, pessoal. Qualquer coisa!

Não é possível que daria aula para um bando de incompetentes que não conseguiam recitar nada. Não era possível que estivessem ali, em Yale, e não tivessem nada na memória apenas para uma apresentação. E se ele dissesse que isso valia nota? Tirou a ideia da cabeça e resolveu dar-lhes um exemplo.

- As coisas baixas, sem valia alguma, de crassas deixa o Amor leves qual pluma. O Amor não vê com os olhos, mas com a mente; por isso é alado, e cego, e tão potente. – Ele a amava, sabia disso, estava ali apenas por conta desse amor. Contudo, não conseguia entender como se deixara levar pela maldita Georgina. - Nunca deu provas de apurado gosto; cego e de asas: emblema de desgosto. Eterna criança: eis como é apelidado, por ser sempre na escolha malogrado. Como os meninos quebram juramentos, perjura o Amor a todos os momentos. – E não era justamente isso que tinha feito? Abdicara do amor de sua vida por causa de uma maldita premiere de um maldito filme.

Todos os alunos que antes estavam calados e quietos, começaram a assoviar e bater palmas. Robb fez reverências, sem nunca deixar o sorriso de lado. – É isso aí, agora venham até aqui e mostre o que vocês tem.

Um por um, os alunos começaram a subir no palco e dividi-lo com o professor. Uns eram mais tímidos que os outros e era algo completamente normal, o que ele fazia era ajudá-los a superar essa timidez e forçá-los a falar tanto em voz alto como em público.

Foram poucos que realmente o surpreenderam e o deixara satisfeito com o que viu. A maioria deles falavam duas ou três linhas de um poema. Alguns “recriaram” cenas de filmes e incorporaram os personagens, o que foi muito bom. Quem sabe daquela sala ali não saísse futuras estrelas com quem o próprio Robert trabalharia.

Um barulho na porta lhe chamou a atenção, estava prestes a chamar a atenção do aluno que chegara atrasado quando a olhou nos olhos. Isso lhe cortou a respiração e lhe rendeu algumas batidas a mais no coração.

- Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida; meus olhos andam cegos de te ver! Não és sequer razão de meu viver, pois que tu és já toda a minha vida! – Ele não se permitiu o luxo de desviar o olhar; iria olhá-la, encará-la o quanto fosse necessário, até ela entender que era para ela que ele falava aquilo. - Não vejo nada assim enlouquecido... Passo no mundo, meu Amor, a ler no misterioso livro do teu ser a mesma história tantas vezes lida! – Sentia saudades de como se conheciam tão bem, do som da sua gargalhada, da maciez de sua pele. - Tudo no mundo é frágil, tudo passa... Quando me dizem isto, toda a graça duma boca divina fala em mim! E, olhos postos em ti, vivo de rastros: Ah! Podem voar mundos, morrer astros, Que tu és como Deus: princípio e fim!... – E ele queria voltar a ser o seu principio e fim.






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Mensagem por Amelia Darcy Seg Jan 04, 2016 5:58 am




Tell him on how you feel




Amelia estava contando os minutos mentalmente para que aquela aula acabasse. Para acalmar sua raiva e ansiedade, descontava nos próprios alunos, passando exercícios muito complexos como trabalho de casa. Todos podiam notar que havia algo errado. A professora estava agitava demais para seu normal.

Mas é claro que não havia como Amelia se manter calma naquela situação. Não podia acreditar na audácia dele. Vir dar aula em Yale? Tudo bem que Robert havia sugerido aquilo. Largar tudo, a carreira, seus sonhos... Para ficar ao lado dela, mas Amelia não queria aquilo por dois motivos: nunca quisera que ele largasse seu maior sonho e também porque o tempo de ele se preocupar com ela já havia passado. Hoje eram divorciados. Para bem e para sempre.

Caminhou com passos firmes e apressados, passando por corredores cheios de alunos que iam em direção a outras aulas. Entrou no bloco de Artes e foi direto para o Teatro. Ia acabar com aquela palhaçada de uma vez.

Colocou a mão na maçaneta e abriu devagar, prendendo o ar assim que entrou no imenso teatro e seus olhos localizaram Robb no meio do palco e seu coração acelerou e seus olhos trancaram nos dele. Robb era bonito demais e incrivelmente charmoso para seu próprio bem. Mas o que mais cativava Amelia era aquela voz grave, que parecia mel escorrendo, doce, grosso e viscoso por sua pele.

Robb declamava as palavras com um ardor único. Amelia não tirava os olhos dele e sabia que todos ali também não, pois era impossível. Por isso o homem era tão famoso: seu talento era magnético.

- ... Podem voar mundos, morrer astros, Que tu és como Deus: princípio e fim! - Sem se dar conta, Amelia sussurrara as palavras finais junto com ele.

Uma explosão de palmas tomou o salão, acordando-a do momento. Os alunos estavam inebriados com o professor e por isso, não a notaram. Não notaram também que ele não tirava os olhos dela.

Amelia sentou-se na última fileira no anfiteatro, mantendo-se em segredo. Suas pernas estavam bambas. Talvez não tivesse sido o melhor momento para encontrar Robert. Ela achava que era forte para olhá-lo cara a cara e dizer tudo que queria, mas agora tinha medo de não ser e se odiava muito por isso.

Não confie nele. Não ouça nada que disser. Ele te traiu.

Repetiu mentalmente seu mantra enquanto esperava a aula acabar.
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Mensagem por Robb Domaschesky Seg Jan 04, 2016 5:07 pm













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Queria privacidade, queria sair correndo até aquela maldita fileira e se ajoelhar, pedir perdão mais uma vez e implorar por uma segundo chance. Mal escutou as palmas, ainda estava petrificado, apenas os seus olhos se mexiam e eles a analisavam. Cada traço daquele rosto com quem ele vinha sonhando nestes últimos cinco meses, o seu olhar estava diferente e isso o machucava. Sabia que era o culpado por aquele sofrimento.

Alguns alunos o abraçaram, elogiando sua performance e vivacidade nas palavras, sem se darem conta de que ele estava sendo sincero. Sem saberem que ele falara aquilo para uma pessoa em particular, uma pessoa que estava ali entre eles.

Não se preocupou em agradecer pelas palmas e elogios que lhe eram destinados, precisava arrumar um jeito de ficar a sós com ela. – Certo, turma. Por hoje é isso, quem não veio aqui hoje, virá na próxima aula. Estão todos dispensados.

Deixou que todos os alunos saíssem e um por um eles caminharam para longe. Alguns repararam na sua mulher (sabia que ela não era mais a sua mulher, contudo, não conseguia pensar diferente), outros passaram reto, focados em seus celulares ou simplesmente conversando com seus colegas.

Olhou à sua volta para se certificar que realmente estavam sozinhos; como não havia levado nenhum material para a aula, colocou as mãos nos bolsos de sua calça e caminhou até Amélia. Incerto com o que fazer ou falar.

Já se conheciam a quase vinte anos e ela ainda tinha o poder de lhe deixar sem palavras.

A mulher estava ainda mais linda do que se lembrava. Sua postura elegante, seus cabelos loiros, seus belos olhos azuis, a boca que amava beijar. Tudo como ele se lembrava. Ficou alguns segundos em pé, apenas a olhando. Nenhum dos dois com coragem o suficiente para romper o silêncio entre eles.

Sentou-se ao seu lado e soltou a respiração que nem sabia que estava segurando. – Só assim para chamar a sua atenção. – Há quanto tempo não se viam? Meses! Sete meses e treze dias para ser mais exato. Amélia fugia de Robert como o Diabo foge da cruz, e como culpá-la por isso?

O divórcio ocorrera há anos e Bennett já era adulto. Se ao menos o filho do casal ainda fosse criança para fazer com que os dois mantivessem algum contato e se vissem com certa frequência... Ou seja, não havia motivo algum para manterem contato.

- Sua presença aqui significa que posso criar alguma esperança referente a nós?






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Mensagem por Amelia Darcy Seg Jan 04, 2016 5:57 pm




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Os alunos começaram a sair, passando por Amelia. Muitos nem a notaram, mas alguns a olharam com curiosidade e até certa expectativa. Não deixou de notar  algumas garotas que fechavam a cara para ela, mas bem, isso era algo que Amelia já tinha se acostumado a muito tempo. Mesmo depois do divórcio, mulheres costumavam olhá-la com certa inveja.

Quando restou apenas os dois no teatro, Robert caminhou em sua direção. Amelia podia sentir o desconforto entre eles como se fosse uma terceira pessoa. Pelo menos ele tinha a decência de parecer desconfortável.

Não se viam por longos meses, mas pareciam muitos anos. Quando ele sentou-se, ficou olhando-o pelo canto dos olhos. Continuava lindo e atraente, mas para um observador atento, também parecia cansado.

Ele merece, Amelia. Não se esqueça disso nunca.

Na verdade não achava que ele merecia. Só queria que ele a deixasse em paz de uma vez, para que assim ela pudesse tentar esquecê-lo. Queria que ele parasse de tentar chamar sua atenção. Focou seu olhar no palco lá embaixo.

- Minha presença aqui significa que você deve largar essa loucura de querer dar aula apenas para se aproximar de mim. Não existe mais um “nós”, Robert. Não existe já faz muito tempo. - Soltou o ar com força e se inclinou para a frente, apoiando os cotovelos nos joelhos.

- Você vir para Yale não só compromete minha postura como professora, mas também a privacidade de Bennet. Ele já usa meu sobrenome em público para evitar chamar tanta atenção. Com você aqui, isso fica bem complicado.

Benn era o que Amelia mais presava no mundo todo e ela sabia que Robert estava ali em Yale apenas pensando em si próprio, como tinha feito quando beijou aquela garota estúpida. Ela não ia permitir que o ex-marido remotamente atrapalhasse a vida acadêmica do filho, com aquele monte de fotógrafos, mesmo sabendo que não era a intenção dele. Isso em Robert sempre admirara: ele amava o filho da mesma forma que ela.
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valeu @ carol!

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Mensagem por Robb Domaschesky Seg Jan 04, 2016 6:31 pm













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Uma bofetada em seu rosto ou até mesmo uma facada em seu coração teria doído bem menos do que as duras palavras de Amélia. Sabia muito bem que não existia mais nenhum “nós”. Que ela não era mais dele. Que não era com ele que dormia a noite (e isso lhe custava várias noites em claro, pensando onde e com quem estaria). Que ele não lhe tirava mais sorrisos. Que recebia apenas rancor da mulher que um dia foi o seu princípio e fim.

Bem, mas ele merecia aquilo, não merecia? Pelo o que a fizera passar. Não apenas pela humilhação e por tê-la traído, mas também pela dor que lhe causara. Ele sabia bem que doía, pois doía nele também. Todos os dias. Sabia também que não tinha direito de lhe pedir nada, nem mesmo uma segunda chance, como estava fazendo; mas ele não conseguia mais seguir a diante com sua vida. Ela era o seu sol e estrelas. A lua de sua vida. Eles se completavam de um jeito único.

Mas ouvir a desculpa esfarrapada dela e, pior ainda, ouvir o nome de seu filho no meio daquilo tudo foi como o combustível que ele precisava. – Não ouse jogar o nosso filho para me afastar de você! – Passou as mãos pelo cabelo, indignado e até mesmo levemente irritado com a situação. – Todos sabem que ele é meu filho! A imprensa toda sabe onde ele estuda e basicamente tudo o que ele faz! – Muitas vezes, descobria coisas da vida de seu próprio filho pelo o que lia nos tabloides. Ao menos para isso eles serviam.

Não gostava disso nenhum pouco. Não ter tanto tempo para conversar com seu filho e ficar sabendo das coisas da vida dele assim, através de outras pessoas, através da internet, onde qualquer um tem acesso e pode ler. Desta forma, a presença de Robert ali não iria mudar em nada. Bem, com certeza levaria mais paparazzis para lá, mas fora isso? Não via no que a vida de Bennett poderia mudar.

Sem falar que ele ficaria mais perto do rapaz, teriam mais contato, iriam se ver com frequência, conversariam mais, poderiam sair e beber, falar sobre garotas. Garotas! Quem sabe o seu filho não tivesse uma? Ou estivesse interessado em uma? Poderiam trocar tantas ideias! Poderia ajudar o filho com isso e qualquer outra duvida ou dificuldade que encontrasse. Isso não seria ótimo para Bennett? Então porque ela insistia em lhe afastar?

Voltando e lembrando o que ela dissera... Porque comprometeria sua postura como professora? Como ela fazia questão de esfregar em sua cara o tempo todo: eram separados! Olhou-a rapidamente e um pequeno sorriso surgiu em seu rosto. Ela não queria lhe afastar de verdade, não é mesmo? Por isso ele poderia comprometer sua postura. Ele ainda tinha algum efeito sobre ela e tê-lo tão perto de si a faria perder a cabeça.

Ao menos era isso o que pensava e desejava com todo o seu ser. Mas como saber se era verdade ou apenas um truque de seu cérebro? Não tinha como saber e Amélia nunca lhe responderia.

- Droga, Amélia! O que eu preciso fazer para me perdoar? – Ela tinha um enorme coração e talvez o tivesse perdoado, talvez quisesse que ele fosse feliz. Mas perdão de verdade? Aquele em que não se guarda nenhuma mágoa ou rancor? Esse tipo de perdão ele não tinha. – Eu nunca mais a vi! Nós nem conversamos, não mantive amizade com ela e as outras com quem interpretei? Foi apenas trabalho. – Ele não conseguia mais ver a graça nas outras mulheres. Ele até tentara, mas simplesmente não lhe descia.

Quase pensou ter virado gay, mas só isso lhe causou ânsia e sabia que não era essa a questão. Sua questão e resposta era Amélia Darcy.

- Deseja que eu faça uma declaração para a imprensa? Que eu faça uma maratona? Raspe as pernas? Tire a sobrancelha? – Estava desesperado e nem se importava mais em esconder. – Diga e eu farei. Eu farei o que for necessário para te ter de volta.






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Mensagem por Amelia Darcy Seg Jan 04, 2016 7:46 pm




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A irritação na voz de Robert a fez encostar na poltrona novamente e olhá-lo. Ela sabia disso. Sabia que Benn era alvo da imprensa, mas também sabia que ele não gostava disso nenhum pouco. Mesmo tendo herdado todo o charme e beleza do pai, o rapaz escolhera um caminho diferente. Estava estudando para ser médico e assim, toda aquela atenção da imprensa não tinha função em sua vida. Sabia que incomodava, mas Bennet era bom demais para reclamar disso.
Sempre foi um filho maravilhoso e lidava com a fama do pai mais naturalmente do que ela.

Pensando melhor, com Robb por perto talvez a relação de pai e filho melhorasse. Ficassem mais próximos. Isso seria algo muito bom para Benn, que sempre gostara do pai. Amelia sempre tentou manter os problemas dela com Robert longe da relação do filho com ele, até porque não era algo que devesse o preocupar e o afetar.  Se fosse para o bem do filho, ela até podia dar um jeito de suportar Robert ali. Até porque ela não o veria tanto assim, já que ela dava aulas em outro prédio.

- Me poupe Robb. Não preciso usar de Bennet para afastar você de mim. Você fez isso por conta própria.

Se encararam por um tempo e a sombra de um sorriso se formou no rosto do homem. Não gostou nada daquilo. No que estaria pensando? Certamente ela não iria gostar nada, então não resolveu perguntar o que era. Não ia conversar mais que o necessário com ele para evitar cair em suas palavras.

- Diga-me você, Robert. – Levantou-se, para que aquele assunto pudesse terminar logo. Nada estava saindo como ela planejou. – O que eu tenho que fazer para você entender que eu não vou mais confiar em você?

Se surpreendeu quando descobriu que ele não tinha visto Georgina, pois todas as revistas alimentaram uma história diferente. Claro que sabia que não se devia acreditar nesse tipo de notícia, mas vá dizer isso para o coração de uma mulher traída?! Nem Amelia, uma mulher inteligente e forte resistiu àquelas fofocas. Quanto a ele não sair com mais nenhuma colega de trabalho, disso ela sabia, pois nem rumores surgiam. Se houve algo, fora muito bem escondido.

- Não é porque eu quero alimentar um ódio eterno por você. Eu só não consigo confiar em você mais. Simples e triste. E isso não vai mudar. Não mudou até agora.

Coçou a cabeça, exasperada. Queria ir embora, mas precisaria que ele levantasse para passar e sabia que ele não ia fazer isso.

- Olha Robb... Esse assunto não vai levar à nada. Eu não deveria ter vindo aqui.

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Mensagem por Robb Domaschesky Seg Jan 04, 2016 10:57 pm













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Onde estava o amor? A dó? A compaixão? Com certeza não estavam na mulher. Ela aparentemente não se importava se o que dizia o feria ou não, quem sabe até mesmo fizesse de propósito. Falava aquilo justamente para atingi-lo. Talvez fosse um tipo de vingança pessoal, Robb não sabia dizer, mas pagaria cada centavo se isso a fizesse se sentir melhor.

Havia errado? Tinha provas para isso em jornais. Havia sido estúpido? Extremamente, atingira o último nível da imbecilidade. Pensara apenas com a cabeça que não tinha boas ideias? Com toda a certeza das galáxias. Mas estava fodidamente arrependido e era impossível que Amélia não notasse. Ela possuía o mesmo sofrimento no olhar que o homem.

Embora não fossem mais um casal, ambos sofriam com a situação em que se encontravam. Sabiam que só seriam felizes novamente quando estivessem juntos. Então porque complicar as coisas? Porque adiar a felicidade?

- Uma vez eu atravessei uma porta e nunca mais voltei. Não atravesse essa porta, não vá por esse caminho. – O que diabos precisava fazer para reconquistar a sua confiança? Ele usaria um cinto de castidade se fosse o caso, até porque o seu amigo nem tinha mais uso. Como dizem, estava num mato sem cachorro, querendo algo desesperadamente e não tinha com o que procurar.

Sempre admirou o fato da mulher ter um temperamento forte e ir até o fim no que acredita, com sua fé quase inabalável. Quase uma rocha. Firme, segura, determinada. Mas não admirava isso nenhum pouco quando toda a determinação e foco dela estavam focados em manter-se longe dele.

- De tudo ao meu amor serei atento. Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto que mesmo em face do maior encanto dele se encante mais meu pensamento. – Ajoelhou-se de frente para Amélia e levantou o seu rosto para poder admirá-la melhor. - Quero vivê-lo em cada vão momento e em seu louvor hei de espalhar meu canto e rir meu riso e derramar meu pranto ao seu pesar ou seu contentamento. – Respirou fundo e num ato de imensa loucura, segurou as mãos da mulher entre as suas. - E assim, quando mais tarde me procure; quem sabe a morte, angústia de quem vive; quem sabe a solidão, fim de quem ama. Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.

Vinícuis de Moraes entendia das coisas. O amor que sentia por Amélia era infinito, para ele ainda não havia acabado e bastava observá-la atentamente que podia notar que para ela então não havia acabado. Não completamente. E Robb não queria que no futuro, todo o amor que sentia e um dia recebera se perdesse assim.

- Eu nunca a esqueci, Mel.
– A verdade é: nunca a deixara de amar. Mas se dissesse isso provavelmente levaria um chute e Robert prefere manter o seu corpo intacto e sem sinais de violência.

Naquele momento, sentia-se como naquela estúpida música (que naquele momento não parecia ser tão estúpida assim já que fazia todo o sentido para ele) adolescente em que a cantora fala que está engolindo o próprio orgulho parada em frente ao cara para dizer que sente muito sobre uma noite e que deveria ter percebido o que tinha quando ainda o tinha.








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Última edição por Robb Domaschesky em Qui Jan 07, 2016 9:51 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Amelia Darcy Ter Jan 05, 2016 7:46 am




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Quando Robert ajoelhou aos seus pés, Amelia não soube o que fazer e deixou que suas mãos fossem entrelaçadas nas dele. Ele declamava o Soneto de Fidelidade com tanto ardor e sinceridade nos olhos que aquilo desconcertou-a. Os olhos ficaram turvos de lágrimas e quando ele terminou, ela também se ajoelhou, ainda mantendo as mãos unidas.

- Por que você está fazendo isso comigo, Robb? Por quê?

Apertou as mãos dele com força, quase com raiva. Dele e de si mesma. De si por se deixar levar por suas emoções, quando havia prometido que nunca mais faria isso. Amelia ainda amava Robert? Sim, mas também estava machucada e doente por aquele amor.

Precisava resolver aquilo tudo. Como havia dito pouco antes, ter Robb ali em Yale só atrapalharia sua postura como professora. Uma prova disso era aquele momento.

- Olha, vamos conversar direito. De uma vez por todas. Sem poemas, canções e floreios. Uma vez na vida quero que você pare de interpretar, mesmo que seja da sua natureza.

Teria que tomar cuidado com as palavras de Robert. Soltou suas mãos das dele e se pôs de pé enquanto secava os olhos. Não podia acreditar que tinha se deixado levar. Nunca fizera isso na faculdade. Era tão profissional e centrada que nunca ninguém descobriu que ela e Rick tinham algo a mais.

- Mas aqui não é o lugar para conversar e você sabe disso. É meu emprego e era sobre isso que falei quando disse que você atrapalharia minha postura aqui. – Alisava a calça de tecido enquanto falava, uma forma de evitar os olhos do outro. - Podemos marcar outro lugar, mas longe de olhares de fotógrafos. Não quero ser alvo de notícias novamente.

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Mensagem por Robb Domaschesky Qui Jan 07, 2016 10:10 pm













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Abaixou a cabeça envergonhado de si próprio. Não fizera aquilo com o intuito de vê-la chorar; queria vê-la sorrindo, feliz, de bem com a vida. Porque tudo o que ele planejava fazer saia de seu controle? Ele era uma bagunça e infelizmente bagunçara a vida de uma mulher extraordinária.

Uma pequena brasa – veja bem, brasa, porque ele não tinha coragem de se iludir e pensar que isso seria mais que uma simples brasa, como uma chama ou uma fogueira inteira – ascendeu dentro do homem. Talvez essa fosse a chance que ele tanto procurou desesperadamente. Era tudo ou nada e isso o deixava um tanto quanto temeroso. E se tudo saísse errado? E se a perdesse de uma vez por todas?

Eram questões que Robert não queria ficar pensando. A vida não era feita de “e se’s”. Essas duas pequenas palavras quando se encontram podem causar uma grande devastação.

- Estarei onde e quando você desejar. – Era tão perfeito que nem conseguia imaginar. Quem sabe estivesse sonhando e logo logo o despertador de seu celular tocasse e o acordasse daquele lindo e maravilhoso sonho. Como estava atrapalhando o caminho para ela, já que estava na sua frente e ainda se encontrava ajoelho, resolveu que era a hora de se levantar.

- Só quero que saiba, Amélia, que nunca lhe feri intencionalmente. Não houve um único dia em que eu não me arrependesse. – Respirou fundo, antes de se virar e sair das fileiras, indo parar ao lado da porta do teatro, que os levariam para o restante da universidade. Estendeu a mão, pronto para a abri-la, mas parou e olhou mais uma vez para a mulher. – Você tem o meu número. Fico aguardando sua ligação para saber a hora e o local do encontro.

Ligação? Isso era ser esperançoso até demais. Ela nunca o ligava. Não depois desses cinco anos e com certeza não o ligaria agora, ainda mais quando uma simples mensagem seria capaz de resolver as coisas. E quanto mais ela pudesse evitá-lo, mais o evitaria.

- Eu vou sair primeiro, assim você pode ficar aqui para pensar e se recompor. – Odiava a ideia de que a fazia mal, isso o destruía por dentro. Saber que ela precisava de um tempo para se sentir melhor depois de conversar com ele quase o matava. Mas a vida nem sempre era agradável. Abriu a porta e saiu, ignorando os gritos dentro de seu peito para voltar e senti-la entre seus braços.

Encerrado.






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